De R10 a R49, sempre Galo!

Ricardo Diniz

Foram dois anos, mais precisamente 25 meses. A história de Ronaldinho Gaúcho no Atlético Mineiro chegou ao fim. No clube alvinegro, Ronaldinho 'abriu mão' da camisa 10, sua companheira (quase) inseparável durante toda a carreira, para se tornar o R49, em 2012. Dali adiante, disputou 88 partidas, com 28 gols marcados e três títulos conquistados: Campeonato Mineiro e Copa Libertadores, em 2013, e Recopa Sul-Americana, na última semana; além do vice brasileiro em 2012.


Após deixar o Flamengo, de forma conturbada, o (futuro) ídolo chegou à Cidade do Galo, de surpresa, e, a partir daquele 04 de junho de 2012, se tornou notícia com a camisa do Atlético. Naquele ano, treinado por Cuca - amigo de Roberto Assis, irmão de R10 -, o time disputou o título nacional com o Fluminense, ponto a ponto. Nem mesmo a morte do padrasto ou o câncer da mãe, dona Miguelina, foram capazes de deter o ímpeto de R49, que, no momento mais difícil da vencedora carreira, encontrou apoio nos braços da massa.

R10 se curva à massa: invicto no Horto
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Ronaldinho, logo em seu primeiro clássico, fez um gol digno da época de Barcelona. Quando o placar indicava um a um, o craque partiu do meio de campo, deixou para trás todos os marcadores que tentaram interceptar a jogada e finalizou cruzado, no canto, sem chances para Fábio. Era o que faltava para ele assumir, de vez, a condição de ídolo: um gol de placa, no Independência, diante do rival.

Gênio do futebol...

Não há como definir toda a genialidade de Ronaldinho em um só adjetivo. Talvez o mais certo seja dizer que se trata de um 'mágico' da bola. Foram vários passes milimétricos para Jô, amigo inseparável nas comemorações. Até os zagueiros se beneficiariam dos cruzamentos precisos: Réver e Léo Silva se tornaram artilheiros. Perder no Horto? O camisa 10 não soube o que era isso. Afinal, nas 40 partidas em que atuou no estádio, somou 27 vitórias e 13 empates.

A despedida: diante do Lanús, no dia 23
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

A partida de quarta-feira, ante o Lanús, foi a última de Ronaldinho com a camisa preto e branca. Mas, certamente, ele guardará o clube no coração. Ou melhor, como cita o ditado, foi mais um a chegar como jogador e sair torcedor. Os atleticanos, com certeza, vão falar dos passes e gols de R10 ao contarem para filhos ou netos sobre o título da Libertadores. Sem ele, afinal, não haveria o grito de CAMpeão!

Valeu, Ronaldinho!

A massa agradece a Ronaldinho. Pelas glórias, pela amizade e pela magia. Aquele que já era um ídolo nacional, desde que vestiu a camisa da seleção, se tornou mais um atleticano. Que, hoje, não mais usará o manto preto e branco. Mas seguirá com o nome gravado no coração, nas memórias e na história do Clube Atlético Mineiro.

Um comentário:

  1. Excelente texto. Esse ídolo vai deixar muitas saudades!
    Mais um atleticano para a massa!!!

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