Dor azul, problema nacional

Vinícius Dias

Gols de Gentiletti, em Buenos Aires, e de Piatti, no Mineirão. O placar final de 2 a 1, significou o fim do sonho do tri da Copa Libertadores diante do organizado San Lorenzo de Edgardo Bauza. Mais do que isso, a vitória do 4-4-2 argentino - de pressão na saída de bola e muita agilidade - ante o pragmático 4-2-3-1 montado por Marcelo Oliveira assegura a necessidade de repensar velhos conceitos.


É bem possível que, se a bola de Marcelo Moreno tivesse balançado a rede de Torrico e o árbitro Martín Vasquez assinalasse um dos dois (supostos) pênaltis, a discussão ficasse circunscrita à classificação azul celeste. Mas é inevitável reconhecer os méritos do Ciclón, superior ao Cruzeiro em três dos quatro tempos do embate.

Cruzeiro lutou, mas foi eliminado
(Créditos: Agência i7/Minas Arena)

A bola não entrou e nenhum pênalti foi assinalado. O Brasil, depois de 23 anos, não terá um representante sequer nas semifinais da competição. E ainda encerrou a sequência de nove temporadas com presença na final - foram seis títulos, de cinco times diferentes; os últimos quatro, de forma consecutiva. Há quem fale em falta de sorte, de influência da arbitragem e derrota para si mesmo.

Padrão... da decepção!

Quase não há quem reconheça os méritos dos times dos países vizinhos. Que, a despeito de terem menores receitas, continuam a competir com os daqui, a formar bons valores. Enquanto isso, no país da Copa, do padrão Fifa, há quem acredite em Paulo Autuori, aposte em ex-jogadores como Adriano, ou se iluda com a grife de Anelka. Se existe mais dinheiro, falta inteligência para gastá-lo.

A quarta foi de dor para o torcedor celeste no Mineirão.
Mas a quinta-feira faz um alerta: o problema é nacional!

Um comentário:

  1. Concordo.. Acho que dirigentes e comissões técnicas, tem q fazer uma reciclagem..

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